País terá imunizante a partir de fevereiro de 2024 e a prioridade será para crianças e jovens de seis a 16 anos
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O Brasil terá vacinação contra a dengue a partir de fevereiro de 2024 e a prioridade será para crianças e jovens de seis a 16 anos. Ao incorporá-la no Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro de 2023, o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a oferecer à população o imunizante contra a dengue. Serão seis milhões de doses, o que permitirá atender três milhões de pessoas com a dose dupla necessária.
Nesta segunda-feira, 15, a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTIAI) definiu as regras sobre o uso da vacina contra a dengue.
A vacinação terá foco inicialmente em público e regiões prioritárias, com base na incidência de casos da doença, segundo o Ministério da Saúde.
O diretor do Programa Nacional de Imunizações do ministério, Eder Gatti, explicou à Agência Brasil que foram disponibilizados R$ 256 milhões para apoiar estados e municípios nas ações de controle da dengue. Do total, mais de R$ 111 milhões foram transferidos em 2023 e ainda haverá repasse de R$ 144 milhões.
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As estratégias para vacinação, segundo o ministério, serão definidas em reunião com secretários estaduais e municipais de saúde dia 25 de janeiro. O diretor do PNI ressaltou que o governo quer expandir a vacinação contra dengue com a inclusão de outras fórmulas protetivas.
“O governo Lula faz história “, postou do deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) na rede X junto com a notícia da vacina contra a dengue pelo SUS.
O Brasil é um dos países que oferece o maior número de vacinas à população com a disponibilização pelo SUS de 49 imunobiológicos: 32 vacinas, 13 soros e 4 imunoglobulinas. O calendário foi divulgado nesta segunda-feira, 15, no site do Ministério da Saúde.
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Combate à sanha antivacina da ultradireita
Depois de sete anos da insanidade bolsonarista antivacina desde o golpe de 2016, absurdamente a ultradireita segue, de forma irresponsável, fazendo campanha contra a vacinação, num claro atentado à saúde da população.
Paralelamente o governo Lula se empenha no resgate da cobertura que permitiu ao Brasil ser referência mundial em vacinação pública, por meio da reestruturação da rede e de campanhas de conscientização.
A Secretaria de Comunicação do governo federal (Secom) tem se mobilizado com o Ministério da Saúde em campanhas com foco na conscientização sobre a importância da vacinação.
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Uma delas foi em dezembro, quando o governo divulgou um clipe com mensagem vigorosa de combate ao negacionismo e à desinformação, reforçando a vacinação como importante estratégia de prevenção em saúde pública.
No ano passado foram notificados mais de 1,6 milhão de casos de dengue e quase 1.100 mortes no país. A prevenção é a melhor forma de evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, como eliminar água armazenada em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas e piscinas sem uso.
No mundo foram registrados 2.162.214 casos e 974 mortes por dengue em 2023 até o mês de junho. Em 2022 foram notificados 2.803.096 casos de dengue no continente americano segundo a OMS, sendo a grande maioria no Brasil, com cerca de 2.383.001, que liderou a ocorrência de formas graves.
Balanço de 2023 e carteira digital
Em dezembro, a ministra da Saúde Nísia Trindade fez um balanço do Movimento Nacional pela Vacinação, lançado pelo governo federal em fevereiro. “Quero dizer que o movimento pela vacinação venceu. Todos alcançamos juntos o objetivo de reverter a trajetória de queda das coberturas vacinais”, destacou Nísia, ao expor números sobre o êxito do governo.
Das oito vacinas até um ano de idade, a cobertura vacinal foi alcançada por sete delas em todo os estados. A comparação foi feita entre os 10 primeiros meses de 2023 com todo o ano de 2022.
“De forma geral, tivemos um incremento de 1/3 no número de municípios que alcançaram a meta de 95% em vacinas fundamentais para o calendário infantil. São mais de 2.100 cidades hoje com esse índice de cobertura, o que é maravilhoso”, afirmou a ministra.
O Ministério da Saúde informou que em 2024 todos os dados vacinais serão redirecionados para a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). O novo sistema está em fase de estruturação e permitirá que a caderneta digital de vacinação seja uma realidade. Cada cidadão poderá consultar a própria situação vacinal online, por meio do ConecteSUS, como já acontece com as doses de vacinas da Covid-19.
Da Redação
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