Professores e professoras, sindicatos, movimentos populares, comunidade do Norte da Ilha de Florianópolis, cidadãs e cidadãos brasileiros vêm manifestar seu repúdio ao ato de perseguição e violência política por alguns pais e mães de alunos contra a Orientadora Educacional Juliana Andozio da Escola de Educação Básica Muquem, localizada no bairro Rio Vermelho, Florianópolis – SC.
É notável que todas as denúncias contra a servidora não condizem com o trabalho dispensado à escola, com sua postura de defensora dos direitos humanos, componente do NEPRE (Núcleo de Educação e Prevenção às Violências na Escola), especialista em gênero e diversidade na escola, lutadora pela acessibilidade e contra todo tipo de violência dentro do ambiente escolar. A postura de perseguição contra Juliana também é evidente em razão da falta de provas e, portanto, exigimos arquivamento do procedimento administrativo instaurado e o retorno imediato da servidora ao seu posto de trabalho.
Somos defensores do ensino público, gratuito e de qualidade e de uma escola livre, onde o respeito às diferenças e a defesa da igualdade de acesso ao conhecimento científico sejam uma busca permanente, onde nenhuma pessoa seja discriminada por sua orientação política, religiosa ou sexual. Importante também destacar a especificação do cargo de especialista em assuntos educacionais descrita na LEI COMPLEMENTAR Nº 668, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2015 que diz que a função de orientadora educacional é de “estimular e promover iniciativas de participação e democratização das relações na escola, com base na reflexão coletiva de valores (liberdade, justiça, honestidade, respeito, solidariedade, fraternidade, comprometimento social), como também, promover a reflexão sobre as consequências sociais do processo de rotulação, discriminação e exclusão das classes trabalhadoras e garantir que a escola cumpra sua função social de socialização e construção do conhecimento”. Diante disso, está claro que o ataque a Orientadora Educacional Juliana Andozio é também um ataque à escola e à comunidade local por sua postura firme contra todo tipo de violência e discriminação.
Estamos atentos e denunciaremos toda forma de cerceamento às liberdades democráticas perpetradas por pessoas ou por governantes e, nesse sentido, repudiamos o procedimento administrativo sustentado em falsas denúncias aberto pela Secretaria da Educação do Estado de SC contra a professora Juliana Andozio.
Pelo direito ao acesso a todos os serviços públicos!
Pelo imediato retorno da orientadora Juliana Andozio ao seu posto de trabalho!
Pelo imediato arquivamento do procedimento administrativo instaurado contra a professora Juliana Andozio!
Enviar a moção para : Exmo. Senhor Governador do Estado de SC
gabinete@gvg.sc.gov.br
Exmo. Senhor Secretário da Educação
gabs@sed.sc.gov.br
Exmo. Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de SC
secgeral@alesc.sc.gov.br (geral)
Mauro de Nadal – presidente da Câmara
maurodenadal@alesc.sc.gov.br
EEB de Muquem
muquem@sed.sc.gov.br
Exmo. Presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis
João Cobalchini –
gabinetecobalchinicmf@gmail.com
Inadmissível o que está acontecendo aqui em Florianópolis . As agressões e ameaças aos professores da Escola do Muquém são absurdas . A Juliana Andózio está ameaçada exatamente por cumprir com o seu papel de Orientadora Educacional Educacional . NÃO ao nazifascismo !!!
A esquerda progressista de Florianópolis /SC pede SOCORRO urgente para a nossa companheira Juliana Andózio . Ela está sofrendo ataques fascistas na Escola do Muquém .
Todo apoio à professora. Um basta a tanta ignorância. Pessoas de gabinete q nada entendem de educação e tampouco da trajetória histórica humana, nada entendem de filosofia e sociologia. Nada entendem do contexto social em que vivemos. Um retrocesso.