Eles acreditam que não os vi pelas noites
quando falam de mim e de me possuir
por isso me arranco a pele antes de dormir
eles pensam que não sei
e sorriem
e logo me desenham com seus lápis de sangue.
Creem que nunca senti como entram na minha cama
e derramam seu hálito envenenado pelo meu rosto
confundidas nas gotas que me banham
deformes
passeiam suas garras pelos meus lábios.
Às vezes pelejam por dormir entre as minhas pernas
desaparecem no abismo quando os sinto
divertem-se escondendo-me os lápis
mutilando-me as mãos, com elas escrevendo
Suas garras chamejantes
pousam sobre minhas feridas
e com sua língua venenosa ao longo de meu corpo
me lambem
me cercam
me ensurdecem
me mantêm afastada do inverno
me perseguem com sua erva fedorenta
me querem incendiar.
De vez em quando
os amasso contra as janelas
quando começo a me acariciar com a morte
então me pergunto
se não é de sempre que lhes pertenço.
(De Demônios, 1997)
Andrea Cote Botero
Nace en Barranca Bermeja. Santander. Colômbia. (1981). Es poeta y profesora universitária. Ha publicado los libros Casa Quebrada (Antologia Lima, 2004), El espíritu dei Agua (Antologia de Mitos y Leyendas dei agua, 2003), Blanca Valera y la escritura de la soledad (ensayo, 2004) y Tina Modotti, fotógrafa al desnudo (Biografia. Panamericana Editorial). En el 2004 gana el Prémio nacional de Poesia de la Universidad del Esternado, en el 2005 gana el Prémio Mundial de Poesia UNESCO Ponts de Struga. Su presencia en la poesia colombiana la ubica entre las mejores voces femeninas de ese país.
Fonte: http://www.antoniomiranda.com.br
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